quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O primeiro amor



Sarah era de uma família simples e pobre, sendo a filha única, nunca pode ter de 'tudo' como as outras crianças, mas sempre teve muito amor e orgulho dos pais.
Sua mãe trabalhava ajudando o seu pai a vender doces e salgados em um pequeno barzinho.
A casa era simples e pequena, porém confortável e eram todos felizes.
Não por ter apenas 17 anos, mas Sarah era uma garota completamente apaixonada pelos poemas de amor de Florbela Espanca.
Costumava sempre após o final da aula ir para o campo perto de sua casa, aonde lá seus pensamentos eram livres e poderia ouvir Stand by me e refletir sobre os seus sonhos e desejos.
Sempre carregava um potezinho branco, aonde dentro ficavam as frutas cristalizadas, ameixa era a sua preferida.
Sarah era fã e amadora de Charles Chaplin e do estilo bizarro de David Bowie.
Ao meio de borboletas azuis, ela sonhava em viver um romance o qual sabia que seria dificel de lutar.
17 anos... a paixão cresce e pode adormecer no mesmo instante, os sonhos são altos e os amores platonicos se tornam algo além da imaginação.
Mas era persistente quando queria algo, não desistia da luta.
Não tinha muitos amigos naquela escola a qual estudou desde a Primeira série.
Já acostumada a dividir as ameixas com um suco de acerola e um livro no recreio, nem via o tempo passar ou nem se importava com quem estivesse ao seu redor, Sarah estava presa no mundo de fantasias.
Até então sua rotina e seus sonhos eram os mesmos.
Um dia as nuvens resolveram esconder o sol, o qual iluminava o campo aonde Sarah costumava refletir.
E então em meio aos trovões e raios, Sarah resolveu ir até a biblioteca publica da cidade e passar o final da tarde lá dentro, poderia ler a vontade e ainda trazer os livros que quisesse para casa!
Ao entrar toda molhada na biblioteca, tenis velho, cabelo bagunçado, maquiagem borrada, e a roupa pingando, foi direto a uma estante escolher algum livro para passar o tempo, enquanto a chuva continuava forte lá fora.
Escolheu sem pensar ' A hora da estrela' de Clarice Lispector, apesar de Sarah ja ter lido centenas de vezes, era como se fosse sempre a primeira vez que pegasse aquele livro na hora da leitura.
Quando abriu a primeira pagina... uma voz atrapalhou sua concentração.
Era um homem, na verdade um senhor, pois já tinha cabelos grisalhos e barba cinza, dentes amarelados, e seu corpo não estava em forma como um garotinho novo.
Usava sapatos marrons, uma jaqueta de couro preta e calças jeans azuis meio desbotadas.
Tinha um ar de charme e ao mesmo tempo um olhar frio que passava mistério.
Seu nome era Roberto, tinha 54 anos, era viúvo e tinha dois filhos, um garoto mais velho de 18 anos e uma menina a mais nova de 16 anos.
Se casou duas vezes após a morte da sua primeira esposa, porém não durou muito tempo e nunca mais amou outra mulher.
Era um milhonário, dono de uma fabrica de móveis.
Dinheiro não era problema.
Roberto não conseguia se apaixonar mais pelo fato de faltar sempre algo nas mulheres.
Algo o qual, ele havia encontrado na sua amada e que acreditava que jamais encontraria novamente em outra.
Sinceridade e simplicidade.
Todas se aproximavam de Roberto pelo seu dinheiro, por ser um homem mais velho, achavam que poderiam usa-lo para dar o ' golpe' e ficar com todo seu dinheiro.
Apartir do momento que Roberto se sentia traído pelos olhares, ele se distanciava em silencio e fechava a porta de sua casa para qualquer outra mulher.
Pensava que por estar ficando velho não encontraria mais ninguém.
Isso o fez ter aquele olhar frio e misterioso.
Era fã desde novo de Ray Charles e Johnny Cash.
Costumava levar seu filho mais velho aos domingos para pescar até o final do dia.
E sua filha, ele adorava e tinha o prazer de leva-la para a livraria do centro da cidade para tomar um bom café e dar boas risadas das suas histórias sobre os seus namoradinhos.
O que realmente lhe fazia bem, era esquecer que vivia dentro de uma mansão tão grande porém tão vazia ao mesmo tempo e que lá fora era um homem importante e invejado por todos.
Então costumava todos dias ir na biblioteca publica, colocava suas roupas mais velhas e se sentia uma pessoa simples como todas as outras que ali frequentavam.
Até então...
Reparou que naquela tarde de chuva, uma linda garota sentou-se a mesa ao lado, ficou a cuidando em silencio, até então não se segurou e foi obrigado a atrapalhar sua leitura de Clarice.
-'Olá, 'A hora da estrela', é um ótimo livro!'...
-'Oi, ahh sim! Na verdade não é a primeira vez que eu leio ele... eu já li varias vezes, mas é um dos meus livros preferidos!
-'Perdão, nem me apresentei, sou Roberto...Roberto Alves!
-'Que isso, o prazer é todo meu... Sarah Violet!
-'Esta explicado da onde tanta beleza, vindo do campo junto as violetas!
Sarah encabulada e ao mesmo tempo sem entender a intenção do elogio daquele senhor, abaixa a cabeça e continua desvirando a folha para iniciar a leitura.
-'Óh perdão, vi que estou atrapalhando sua leitura...
-'Capaz... como disse... já li varias vezes, não esta atrapalhando em nada.
-'Queira se sentar comigo? Estou lendo Sherlock Holmes.
-'Não acredito que também gosta dele? Claro, será um prazer fazer parte da sua companhia!
Sarah sem entender o que estava acontecendo dentro da sua cabeça, começou a sentir algo que apenas sentia quando ouvia Beatles e Elvis Presley.
Sentia uma vontade imensa de continuar com aquilo, mas ao mesmo tempo medo de que estivesse apenas criando mais uma fantasia em sua mente, permaneceu em silencio até a leitura terminar.
Apesar de ser um dos seus livros preferidos, Sarah não conseguiu ler nenhuma frase com atenção, se sentia presa naquela cadeira e não sabia como ele estava enxergando ela, afinal estava toda molhada da chuva que havia pego no caminho da escola a biblioteca.
Até então Roberto sem demonstrar, sente o mesmo.
Não entendia o que estava se passando com ele, afinal aquela menina poderia ser sua filha e quem sabe até sua neta!
Mas o coração não escolhe e não controla os sentimentos quando nascem ou morrem tem uma hora certa.
E Roberto sentia seu coração gritando por dentro, sem desejo carnal, e sim uma sensação incrível a qual jurou que jamais em toda sua vida voltaria a sentir.
Ela era tão bela, tão inocente, tinha o mesmo ar de sonhadora que Flora ' sua amada eterna'.
Talvez fosse isso que tivesse o despertado.
Durante esses anos todos, passou a sentir algo que sentiu uma vez e jurou que estava morto dentro de suas lembranças.
Foi então que a boca tremula, a saliva da ansiedade o fez perguntar sem medo ' pois quando nos apaixonamos as palavras simplesmente saem de nossas bocas, escorregam sem ordem alguma'.
-'Sarah, você aceitaria alguma tarde dessas tomar um café comigo?
Sarah sem acreditar no convite, sem duvidas respondeu:
-'Mas claro que sim, será um grande prazer!!!
-'O que acha amanhã, no mesmo horário de hoje, no campo perto do Sitio Vale das Lágrimas?
-'Nossa, sério? esse campo e o sitio ficam perto da minha casa, costumo ir sempre nesse campo sozinha para ler e refletir... que incrível, será ótimo, maravilhoso!
-'Nem imaginava! anos atras eu costumava ir naquele campo com minha... bom, então está combinado, amanhã no mesmo horario de hoje, estarei lá!
-'Certo! Então... até amanhã!
Os dois se abraçam e Sarah volta para casa sorridente, pois nem acredita no que esta acontecendo.
Ao chegar em casa, estão seus pais apavorados de preocupação, afinal o tempo estava feio e estavam preocupados com a demora da filha na chuva.
A vontade que Sarah tinha era de dizer que estava ao lado de um homem o qual havia se encantado, porém sabia que falando a verdade seus pais iriam a proibir de tudo, inclusive de ir no campo.
Então se manteu calada e explicou que apenas tinha passado a tarde na biblioteca lendo.
Dirigiu-se ao seu quarto e voltou a sonhar acordada.
Pegou sua caixa de discos e foi obrigada a colocar Imagine de John Lennon...
Dominada pela paixão, não tirava Roberto de sua mente, livros ficaram de lados naquela noite, era apenas a musica e ela com aquela imagem de Roberto ao seu lado.
Ao adormecer sonha com ele... Estão juntos, porém não se tocam, não se beijam, apenas se olham pelo campo e então... ela acorda!
Esta mais ansiosa do que nunca, afinal seria o dia que veria Roberto novamente!
Vai a escola sorrindo, passa o recreio sorrindo, até então os segundos passam lentamente e até que enfim, chega a hora de ir ao encontro.
Seu coração esta acelerado, sua voz tremula, suas mãos inquietas, a musica não acalma sua ansiedade, treina o caminho as palavras que vai dizer para não tropeçar em nenhuma na hora que ver Roberto em sua frente, suas mãos geladas e ao mesmo tempo que sente aquele ar gelado no estômago, sente vontade de sorrir e gritar de tanta felicidade!
Chegando no campo em direção a árvore, o silencio dos lirios, a voz dos galhos dançando com o vento, e finalmente se reparou com apenas... ela e o campo!
Triste, Sarah sentou-se em baixo da árvore, pensou mil e uma possibilidades de Roberto não ter chegado ao encontro.
'Deve ser casado, deve ter outra, ele deve ter encontrado alguma outra garota mais...bonita!'
-'Uma violeta enfeitando essa árvore solitária, da mais luz e vida a esse campo abandonado'...
Esta ele em sua frente, com uma camiseta velha e sem estampa alguma, jeans como de sempre e um tenis mais moderno esportivo.
'-Achei que não iria vir...
-'Eu me atrasei, porque antes passei em um lugar o qual visito pelo menos 3 vezes por ano.
Pensou ela, 'deve ter ido visitar sua ex... ou alguma outra...hmm...
Não se segurou e resolveu perguntar sem medo que fosse cedo ou tarde demais para saber sobre sua vida.
-' Que lugar voce esta se referindo? se quiser comentar claro...
-'Ah sim...é que sou viuvo, e bom, hoje é aniversário da minha falecida esposa... levei rosas como costumo levar a ela no natal, no nosso aniversário de casamento e no aniversário dela.
Sarah perdeu a cor, se pudesse se esconder em algum canto ou sumir naquele momento, mas continuou tentando não deixar aquela magia morrer e logo tentou mudar de assunto...
-'Te trouxe um presente... espero que goste...
-'Não acredito! Esse disco Help! dos The Beatles!!! eu adoro os Beatles! Até porque eles cantam Yesterday a minha musica preferida nesse album!
-'Fico muito feliz em saber que gostou ,eu não sabia o que lhe trazer, então te trouxe algo que pra mim tem um significado...
-'Eu adorei, obrigado nem merecia tanto...
Os dois passam horas e horas conversando...
Um pouco da vida de cada um foram descobrindo, até então a troca de olhares aumentava e a vontade de tocar um ao outro ascendia dentro dos dois.
Roberto sem medo, acariciava as mãos de Sarah, deslisando logo após com suas mãos ásperas no seu rosto suave como as rosas brancas que costumava tocar.
Até então o momento que nem mesmo a força das mãos e os pensamentos negativos conseguem controlar... o beijo tão esperado.
Quando beijamos a pessoa amada, esquecemos de tudo que nos cerca, o mundo desaparece ao nosso redor, entramos no mesmo mundo de fantasias como os livros que nos fazem suspirar, até então o coração mandar ao cérebro a mensagem tão esperada por duas almas quando se completam ‘ o amor’.
-'Sarah... talvez não deva fazer isso...
-'Não deve? Se apaixonar? Corresponder uma paixão isso?
-'Não é isso Sarah... é que já sou muito velho e poderia ser seu pai...
-'Já leu o Pequeno príncipe?
-'Não...
-'A raposa se apaixona pelo pequeno príncipe, por serem de espécies diferentes não deixam de sentir e acreditar no amor’.
-' Eu sei mas... é diferente Sarah, tenho dois filhos e praticamente com a mesma idade que você...
-'Se isso lhe incomoda, se isso perturba ao ponto de ter vindo até aqui com seu coração batendo por mim e sabendo que eu viria, então pode ir embora... eu apenas consigo viver o verdadeiro, aquilo que eu encosto e sinto que esta vivo.
-'Não Sarah, eu estou completamente apaixonado por você, eu nunca mais pensei que iria viver algo assim, tão mágico, fazia tanto tempo que eu não conseguia me sentir completo... você me trouxe de volta essa paz, essa vontade de viver um amor verdadeiro’.
-'Então se isso que você esta me dizendo, é o que você sente por mim, enfrente seus medos e acredite que podemos sim ficarmos juntos, eu também estou apaixonada e enquanto isso crescer e durar dentro de mim, quero você ao meu lado! Mas você não pode me deixar lutando sozinha, você tem que lutar junto comigo.
Apesar de tanta insegurança em relação ao o que poderia acontecer quando Roberto apresentasse Sarah aos seus filhos, ou o que os invejosos e admiradores iriam falar ao seu respeito, e até mesmo quando fosse a casa de Sarah pedi-la em casamento aos pais da menina, Roberto respirou fundo e desde aquele momento passou a não se importar com a opinião do resto, afinal o que estava em conta era sua felicidade, sua e de Sarah.
Foi assim que aconteceu...
Roberto apresentou Sarah aos seus filhos que não aceitaram e saíram de casa abandonando o pai.
Os pais de Sarah a expulsaram de casa quando souberam da noticia.
O povo na cidade virou a cara e passou a fazer fofocas e mentiras, pois o romance de Roberto e Sarah era algo quente e polemico só faltou sair nos jornais!
Mas mesmo assim, os dois passaram a viver juntos, se casaram e todos os dias Roberto se apaixonava pela sua linda menina.
Assim como Sarah se apaixonava cada vez mais por Roberto.
Passavam horas juntos lendo, ouvindo Elvis e dançando na frente da lareira.
Não perdiam o habito de no fim da tarde irem no campo, sentavam em baixo da arvore a qual reelembravam a sua história de amor.
Faziam promessas de amor eterno, sonhavam em ter uma filha e comprar o sitio ao lado do campo.
-'Sarah, eu amo você, por inteira, amo quando você sorri, ou quando esta emburrada com alguma bobagem, amo também seus cabelos negros e sua beleza que vem das violetas, também amo quando você me abraça e chora no meu ombro, ou quando canta Stand by me antes da gente dormir, e amo quando voce diz que eu sou sua felicidade, porque isso me torna feliz.
-'Eu nunca quero te perder, eu sempre vou te amar profundamente, cada detalhe, cada defeito e qualidade, você sempre vai ser meu primeiro e único amor Roberto!
E assim passou alguns anos e Sarah já estava uma mulher feita e a cada dia o amor apenas crescia, os dois descobriam sempre algo novo um no outro que os fizessem se apaixonar como se fosse sempre a primeira vez...
Roberto sabia que não tinha mais tanto tempo de vida, mas mesmo assim não deixou de sonhar ao lado de sua linda mulher a linda história de amor.
Construíram a tal casa tão sonhada no sitio ao lado do campo, tiveram uma linda menina.
Até que Roberto ficou muito doente...
Acabou morrendo com 60 anos de idade por causa do seu problema no coração.
Sarah tinha 23 anos quando perdeu seu amado.
A menina apenas 3 anos de idade, feita daquele fruto de amor tão verdadeiro, ficou com o sorriso igualzinho ao pai.
Sarah continuou a vida...todos dias lembrava do seu amor.
Mas tinha que continuar, e ainda tinha sua filha pequena.
Não precisou mais trabalhar com a herança deixada.
Passou a ajudar os pais, que acabaram a perdoando e entendendo sua história.
Os filhos de Roberto passaram a visita-la de vez em quando.
E Sarah passou todos os seus próximos anos tentando viver, mesmo sem acreditar que algum dia iria se apaixonar novamente...
Quando já estava com 37 anos não acreditava mais que existiria outro amor.
Sempre ia no campo e na biblioteca a qual havia conhecido seu amado.
Até que numa tarde de chuva resolveu ir na biblioteca para esperar a chuva passar.
De repente avistou um menino mais jovem na mesa ao lado.
-‘Olá... meu nome é Sarah e eu reparei que esta lendo Clarice...
-‘Prazer meu nome é Kelvin, sim eu adoro esse livro, apesar de outros garotos não costumarem gostar muito de livros desse genero’.
Kelvin tinha 19 anos, estava cursando faculdade de letras, era completamente apaixonado por The Doors e David Bowie.
E então o brilho renasceu...
E uma nova paixão saiu dos livros para a realidade.’’
O amor quando nasce uma vez, levamos conosco por toda nossa vida.
Mas por algum motivo ele se esconde mas não por isso deixa de existir.
Apenas uma nova paixão é capaz de amenizar a dor de um amor, nem sempre é solução e muito menos a cura, mas quando menos esperamos... ela aparece!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Gente chata



Como diz na musica do TNT ...
'' cansei, dessa gente e desse papo furado''...
Como sempre, as musicas falam por nós, sentimentos ou momentos que marcaram.
Essa parte da musica realmente diz tudo que está se passando em minha mente nos últimos tempos.
Ando cansada de muita gente, cansada de conversas toscas ou sempre as ''mesmisses''.
Cansada de conhecer gente nova e descobrir pessoas com novas faces, vindas de outros mundos.
Cheguei a uma conclusão, talvez porque realmente não consiga mais sentir, me apegar de verdade.
Todos aqueles que andaram comigo até aqui, esses sim eu não consigo me cansar ' e não vou me cansar'.
Mas muitos se perderam durante esse caminho.
Da mesma forma que esses quais que me referi, os quais não me cansei, algum dia irão se perder.
Mas sinceramente, quando saio, vou sentar em algum lugar ou me distrair em alguma festa, sempre tem um ' mala' ou alguém que o fato de estar presente no mesmo lugar incomoda.
Mas continuando no mesmo rumo que estava de ' conhecer gente nova e estar cansada disso'
Esse ano decidi fazer algo que talvez mude tudo na minha vida e isso com certeza vai incluir pessoas diferentes, talvez isso seja bom ou não, mas o fato é que não estou nem ai, eu quero estar comigo mesma sempre, não consigo mais sentir o puro, o real nem mesmo naquilo que eu toco.
Pessoas legais existem muitas, mas achar alguém que se encaixe com a nossa personalidade é tão dificel... 'creio eu, que já seja uma missão meio impossível'
Mas por um lado isso é bom, afinal seria chato viver no meio de uma sociedade aonde todo mundo vestisse preto e ouvisse Gothic metal ou... todo mundo fosse Fã de Michel Teló e por ai vai...
Mas o fato é que não importa o que voce use, ou goste de ouvir...
As pessoas estão cada vez mais vazias e isso me torna também mais uma alma vazia, ao ponto de não acreditar mais em abraços sinceros.
É bem melhor eu ficar no meu quarto ou dar uma caminhada ouvindo um ''Rock and roll'', do que me sentar no meio de um bando de gente desconhecida que só sabem falar de bebida ou reparar a roupa do fulano.
E sem tirar que o assunto nunca flui.
E quando flui, fica sempre no mesmo lugar e isso se torna chato.
Talvez eu seja a chata da história.
Mas não consigo usar uma mascara de plástico e fingir que estou amando o Carnaval.
Nem fingir que amo estar cercada de desconhecidos que só falam merda!
Então continuarei cantando...
Escrevendo ou lendo que seja..
Isso me faz bem... e não estou criticando os outros por optarem beber até cair numa festa.
Tenho minha opinião sobre isso, assim como qualquer um possa ter sobre aquilo que discorda.
Se correr pelado e dançar no seu próprio vomito lhe faz bem... ÓTIMO!
Matar e roubar ou continuar em um vicio até destruir tudo a sua volta ''QUE ÓTIMO!''
O que importa não é sempre fazer o que nos coloca um sorriso no rosto?!
Certo... eu escrevo e ouço musica quase 24 horas por dia, falo sozinha, choro bastante, leio, e tento entender a mente do que se passa no ser humano ( mesmo sem jamais entender).
Isso me faz bem sim.
Não me faria bem nenhum um pouco sentar junto a um grupo e discutir minha opinião, isso cabe a mim, somente a mim... ( sou egoista com meus critérios)
Por isso e por tudo que citei...que continuo cantando ''agora eu só quero paz....quero paz!''

Não sei- TNT.

Espinhos



''Não quero colher as rosas que você plantou
Há muitos espinhos, o que já colhi foi o suficiente para deixar marcas do teu amor''.

Como o amor



Saudade, vazio
Mente perturbada
Sorrisos frios
Pessoas amargas
Verão depressivo
Pássaros presos
Um cão agressivo
Colares Gregos
Uma folha amassada
Um filme antigo
Uma geração ultrapassada
Um novo artigo
Reliqueas, tesouros
Mistérios, segredos
O voo do besouro
Um passado negro
Uma vida desgastada
Uma paixão impossível
Uma mulher mal amada
Um olhar sensível
Perfumes e cerejas
Feridas cobrindo a dor
No peito a tristeza
Agridoce como o amor.




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Happy Birthday my angel



Estão caindo flocos de neve macios
Eles se desmancham com o soprar da melodia
Meu peito grita pelo o teu abraço forte
Não posso tocar-te, nem trazer rosas brancas
Com desenhos daquelas cartas que ficaram amarelas
A tinta já distorceu todas cores dentro daquela caixa.
Te trago palavras, te dou meu amor
Te ofereço uma lágrima de saudade e de dor
Porém não deixa de ser uma lágrima por te amar tanto
Sempre amarei, como sempre amei teus olhos azuis
Como a estrela Dalva que acompanha todas fases da lua
Toco com minhas mãos frias e tão pequenas
A melodia da saudade que preenche tua ausência.
Não posso te dar o presente tão desejado
Mas sempre lembrarei do teu sorriso
Assim como hoje não podemos comer bolo no seu aniversário...
Mas te trago violetas com moranguinhos
Um eu te amo vindo do fundo do peito da tua menina
Tua sempre menina, tua eterna princesa.

Happy Birthday my angel...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Não diga, não agrade! Prove



Nem sempre é necessário palavras
E muito menos bens materiais.
Nem luxuria, fama ou elogios.
E muito menos abraços vazios por carência.
Guarde seu próximo buque e deixe apodrecer no quintal.
Tentarei fingir que ainda sinto você vivo dentro de mim
Mesmo sabendo que os pássaros te levaram para longe.
Só volte, quando não soprar no meu ouvido palavras inúteis
Ou sentimentos que nunca queimaram na sua garganta.
Guarde suas palavras junto aquele caderno antigo.
E me deixe dançar em cima das folhas secas.
Não preciso de dinheiro e muito menos de presentes caros.
Só preciso de uma xícara de café e algo que eu possa tocar
Que eu possa sentir como o vento gelado no inverno.
Como a chuva que molha a terra vermelha no verão.
Preciso sentir... apenas isso.
Apenas sentir! Necessito sentir... o que é realmente o amor.

?



''Quando um sentimento nasce de alguma forma inesperada...
Podemos suspeitar que em breve a felicidade causada por ele
Será preenchida pela dor de um silencio
E assim aos poucos o amor apodrecerá junto ao pé de goiabas azuis''.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um lugar distante



Aqui minhas lembranças podem gritar
O sol não vai sorrir atrapalhando meus pensamentos
Existe um buraco gigantesco em minha mente
Que faz queimar meu rosto de açúcar
Não posso fugir dos traumas e medos
Nem das marcas e dores que a vida deixou
Mas nesse lugar, sou apenas eu e o silencio
Apenas uma menina se afogando em sua própria dor.