domingo, 24 de janeiro de 2010

Olhar amargo.

Desde os sete anos apanhava de graça.

Seu pai chegava tarde, e com medo ela observava.

Sentia um aperto, um medo no peito.

Mas não podia gritar permanecia em silencio.

Na adolescência entrou em um caminho complicado.

Não tinha nada e ninguém ao seu lado.

Revoltada e era apenas mais um cigarro.

No espelho a imagem de um olhar amargo.

O que ela queria era apenas atenção.

De repente tudo escurece sente uma dor no coração.

A droga já estava envenenando seu corpo.

Grita pedindo ajuda, mas seu pai estava morto.

Fecha os olhos e la está ele segurando sua mão.

Libertou-se do mundo escuro onde causava a solidão.

Abraçou e pediu perdão pelo monstro que a matou.

Na chance de perdoar diz o quanto o amou.

Ao mesmo tempo sorri e chora pela dor que ele causou.

E assim partiu em paz sabendo que da vida nada levou.