segunda-feira, 23 de abril de 2012

Circulos



Os pensamentos estão andando em círculos
E isso não é nada bom.
Pois assim eles não fluem pra frente ou além do que fica girando.
Formando um espaço no meio, o qual esta coberto de conflitos e indecisões.
Estou confusa e perdida.
Não consigo mais admirar o belo, com a certeza que não envelheça como uma maçã.
As flores estão murchando e perdendo a vida.
Desconfiança, angustia, rancor, medo.
Giram em torno ao meio desse circulo.
O qual gira e gira tanto, que acaba fazendo um buraco escuro aqui dentro.
Preciso respirar um pouco, ficar comigo mesma algum tempo, tentar dar férias a esse blog.
Começarei a expor mais no papel.
Nesse exato momento queria que esse circulo se desmanchasse.
Para a corda com que o liga ao meu peito, arrebentasse a parasse de arder tanto.
Dói um nó na garganta que prende a saliva até descer aos poucos no estômago
que quando chega lá, espirra o acido ao coração, subindo novamente até a garganta...
Voltando-se ao cérebro se juntando ao maldito circulo.


Saudades de Linéia



Uns dos primeiros livros que me apaixonei quando criança foi ''Linéia no jardim de Monet'', faz anos que tento encontra-lo e não acho em nenhuma livraria.
Me encanta pelo fato de ser aqueles livros que marcam o resto da vida em nossas lembranças.
Eu consigo me lembrar direitinho de como era esfomeada ao alugar um livro na biblioteca.
Estava na quarta série quando o li a primeira vez.
Me chamou atenção pelas flores, desde criança sempre fui apaixonada por elas ' hoje em dia nem tanto', mas flores marcaram muito minha infância.
Quando comecei a ler esse livro eu simplesmente estava dentro dele, era incrível!
Uma garotinha chamada Linéia, completamente louca por flores, acabou conhecendo as pinturas na casa do seu amigo ' que ja era um senhor de idade', ele tinha um livro com as obras e a história do pintor francês Claude Monet.
Eu achava linda a história de amizade de uma garotinha nova entre um senhor idoso, isso é magico! É puro! me lembrava muito a minha ligação com meu vô e sempre vai lembrar.
Também foi incrivel porque ao mesmo tempo que eu lia a história de Linéia, eu acabava conhecendo uma obra desse pintor e a história dele.
Linéia e seu Silvestre, resolveram fazer uma viagem para a França, conhecem Paris e passaram por todos lugares aonde Monet costumou pintar suas obras.
Linéia conheceu até mesmo a ponte Japonesa, que Monet pintou a anos até ficar muito doente e perder aos poucos a visão.
Eu lia cada detalhe e me imaginava no lugar de Linéia.
Como deveria ser magico conhecer a história ao vivo e a cores de alguém que nos faz entrar em outro mundo.
Linéia se emocionava ao ver as pinturas de Monet...
Chegou até mesmo a conhecer a casa aonde ele morou anos com sua família gigantesca!
Não sei porque me veio tantas saudades desse livro nessa manhã...
Talvez porque eu sinto falta desse tempo que era tão bom.
Estudar era fácil, o cheiro da merenda era tão bom, o barulho do sinal do recreio e os passos em direção a biblioteca.
Os livros eram mágicos! '' E ainda são '', e esse é um que sinto muita falta...
Queria ser como Linéia e conhecer um lugar que sempre tive vontade.
A neve seria o primeiro sonho a ser realizado!
E depois passaria por São Francisco...
Queria entrar dentro de algum livro infantil e viver aquela magia toda...
Aonde não existe dor e se á medo ele é derrotado.
Assim como existem momentos que marcam, musicas, pessoas... ' alias tudo isso esta incluido em apenas um pacote'.
Esse livro me marcou e muito e espero um dia encontra-lo...
Assim como quero encontrar ainda muita coisa que algum dia me colocou um sorriso no rosto.


. .



Assim como não existe cura para a esquizofrenia
Não há cura para o esquecimento.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Anestesiada



E tudo que ela sempre sonhou
O vento levou embora
Tudo que ela um dia acreditou
O sol derreteu para sempre
Apenas ela e sua mente perturbada
Com o sorriso frio e o vazio da casa
Se acalme...Tudo permanecera eterno
Quando a anestesia tomar posse do seu corpo mórbido.
E o vento te levar para as estrelas
Aonde lá estara o que abandonastes
E agora segure as rosas negras e volte a dormir.