terça-feira, 24 de julho de 2012

A montanha





As folhas secas estão caindo, em breve novas flores irão substituir o cinza do Inverno.
No topo da montanha azul, estão todos os sonhos.
Dificil toca-los, estão longe a serem realizados.
Mas se deixar para o próximo Inverno, eles vão continuar flutuando para mais e mais longe.
E então, em breve novas folhas secas...
Em um piscar de olhos novas cores...outra vez, mais uma vez!
E um dia... todos sonhos escondidos que ficaram para trás naquela montanha.


Doce alma

Andou mais um pouco, sem folego de tanto correr para um lado e para o outro naquele terraço.
Não se importava mais com ninguém a sua volta, nem mesmo com seu pássaro dourado.
Pensou em tudo que havia conquistado, não muito, ao seu olhar NADA.
Pensou em todos os erros, eram tantos que se perdera ao se questionar.
As perdas lhe tornaram uma pedra fria, só conseguia sentir ainda o sangue correndo em suas veias.
Tão escuro, pedindo o silencio, pedindo ajuda, enrriquecido pelo ódio e o rancor.
Mais dois passos e continuou pensando se seria o certo colocar um fim em todo tormento.
Pensou na infância, tão pura um dia, doce e eterna, de uma menina que não sabia o que era sentir e viver o medo.
Pensou nas promessas que cumpriu a si e simplesmente deixou morrerem aos poucos com o amanhecer.
Quase no topo, parou em questão de minutos...olhou pra trás um vazio e ninguém veio tentar impedir que sua coragem fosse interrompida ali mesmo
Nem sua mãe, nem os seus poucos amigos, nem mesmo aquela voz que sempre lhe impedia de cometer seus erros.
Voltou a olhar para frente, tão nublado estava aquele dia frio, pareciam que as nuvens adivinharam que o dia seria sombrio e de perda.
Despediu-se do mundo que vivera toda sua dor.
Seu corpo flutuava em questão de segundos.
Ao cair no chão, despedaçou suas lembranças de torturas, como sua cabeça que abriu rapidamente com a queda.
E mais uma doce alma partiu.
Enquanto na terra continuaram todos aqueles que causaram sua perda.






quinta-feira, 19 de julho de 2012

19-07.

O cigarro já esta amarelando os dedos
Mais uma tarde de angustia
Dor, medo, fotos espalhadas
Ao mesmo tempo dúvidas atormentam
Uma mente traumatizada
Uma folha seca que desmancha
A ultima lagrima da rosa escorre
O aroma do café se espalhou com a fumaça
O coração ainda bate tão sofrido
Segundos restam, segundos correm
E lá se foram 21 anos de amor e lágrimas.