domingo, 31 de julho de 2011

Lembranças vazias.



Ninguém a entendia, fazia mistério sorria sozinha.
Estragava lembranças, desperdiçava lágrimas no desespero.
Tinha fama de descontrolada, ninguém entendia aquele olhar sereno.
Não sonhava mais, não sorria mais, apenas chorava.
Como se tudo na vida fosse sempre ela a errada.
Aquele ar ironico, aquele jeito distraído
O rancor amargurava os olhos de quem considerava seu inimigo.
Se alimentava de lembranças, e fotos do passado
Não descobriu jamais porque as pessoas não ficavam ao seu lado.
Apenas se foi, foi como a brisa, como os sonhos do verão.
Adormeceu naquele dia, parando aos poucos seu coração
Pediu em silencio que não ficassem marcas de uma vida vazia.
Seu corpo dissolveu com os anos junto a neblina.

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