domingo, 14 de agosto de 2011

Presa em seu próprio escuro



Faz tanto frio la dentro
O único lugar a qual poderia se sentir protegida
O assombra!
Ela sente medo, tanto medo que os gritos nem saem mais.
Seria a única saída de pedir ajuda.
Quem a ajudaria ?
Faz anos que sua alma se desviou do sol
O escuro a tornou mais uma a beber o sangue como vinho.
Pode correr, pode chorar, ela grita!
Quem percebe? Quem a ouve?
Embrulhou o estômago ao lembrar do seu passado.
Ela sente rancor, despreza tudo aquilo que um dia lhe fez sorrir.
Seria o único modo de evitar a dor.
Mas quem poderia curar sua ferida aberta ?
Nem o tempo, nem o cheiro do sangue que escorre em seus braços.
Nostalgia, lágrimas secam suavemente, sua boca áspera arde ao esbarrar a saliva.
Nem um abraço, nem o conforto, NADA!
Esta presa dentro de si, e lá fora o mundo é o seu próprio suicídio.

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