
Desde os sete anos apanhava de graça.
Seu pai chegava tarde, e com medo ela observava.
Sentia um aperto, um medo no peito.
Mas não podia gritar permanecia em silencio.
Na adolescência entrou em um caminho complicado.
Não tinha nada e ninguém ao seu lado.
Revoltada e era apenas mais um cigarro.
No espelho a imagem de um olhar amargo.
O que ela queria era apenas atenção.
De repente tudo escurece sente uma dor no coração.
A droga já estava envenenando seu corpo.
Grita pedindo ajuda, mas seu pai estava morto.
Fecha os olhos e la está ele segurando sua mão.
Libertou-se do mundo escuro onde causava a solidão.
Abraçou e pediu perdão pelo monstro que a matou.
Na chance de perdoar diz o quanto o amou.
Ao mesmo tempo sorri e chora pela dor que ele causou.
E assim partiu em paz sabendo que da vida nada levou.